atualizado
De 24 a 26 de junho, o Rio de Janeiro sediará a segunda edição do Energy Summit, evento que se consolida como uma das principais plataformas de discussão sobre transição energética, inovação e sustentabilidade no mundo.
Realizado na Cidade das Artes, o encontro conta com curadoria da MIT Technology Review Brasil e deve superar os 10 mil participantes da edição anterior, reunindo especialistas, autoridades, empresas e centros de pesquisa de diversos países.
O Energy Summit já é o maior evento promovido pelo MIT fora dos Estados Unidos e, segundo os organizadores, pode alcançar em 2025 a posição de maior evento global dedicado ao tema. A programação deste ano contará com mais de 180 palestrantes, entre eles o vencedor do Prêmio Nobel da Paz Rattan Lal, o secretário adjunto de energia dos Estados Unidos, Joshua Volz, e executivos como Emily Knight, CEO do fundo The Engine, que investe em tecnologias como fusão nuclear, e Georgina Campbell, CEO da maior incubadora de cleantechs do mundo, a Greentown Labs.
À frente da iniciativa está o CEO Hudson Mendonça, nome central na articulação entre os diversos atores do setor e defensor do protagonismo brasileiro na transição energética.
“Nosso foco é gerar impacto concreto, conectando conhecimento acadêmico às demandas do mercado e da formulação de políticas públicas”
Hudson Mendonça
Energia limpa como diferencial estratégico
Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia, o Brasil ocupa posição de destaque no cenário energético global por contar com uma matriz elétrica composta por cerca de 90% de fontes renováveis, índice significativamente superior à média mundial.
“Estamos onde muitos países esperam estar em uma década”, diz Mendonça. “O desafio agora é transformar esse ativo em liderança tecnológica e atrair investimentos estratégicos.”
A agenda de discussões do Energy Summit inclui temas como hidrogênio verde, energia solar e eólica, biocombustíveis, captura de carbono, tecnologias emergentes, segurança energética e regulação, além de geopolítica, financiamento e tendências globais de inovação.
Estrutura ampliada e participação multissetorial
O evento contará com três palcos principais, quatro palcos paralelos, salas de masterclasses e espaços exclusivos de networking e negócios, como o novo Working Village, com cabines de reunião e estações de trabalho para os participantes.
Também serão promovidas rodadas com fundos internacionais de venture capital e encontros de alto nível com autoridades públicas.
Entre os destaques institucionais deste ano estão a realização, durante o evento, da reunião da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados e do Fórum Nacional de Secretários de Energia, além de possíveis anúncios de políticas e programas estaduais e federais.
A metodologia do evento é baseada no modelo do MIT REAP, que busca mobilizar cinco pilares de inovação regional: governo, grandes empresas, universidades, investidores e startups.
A estrutura e curadoria dos painéis refletem esse modelo, reunindo atores diversos para debater os principais desafios da transição energética.
Rio de Janeiro: Vale do Silício da Energia
O Energy Summit também aposta no fortalecimento do Rio de Janeiro como centro global de inovação em energia.
“A cidade reúne todos os elementos fundamentais: universidades de excelência, empresas estratégicas, agências reguladoras e um ecossistema crescente de inovação”, afirma Mendonça.
Estão sediadas no estado instituições como UFRJ, PUC-Rio, Ibmec, BNDES, ANP, Finep, Eletrobras, Light e Furnas, entre outras.
O evento também tem contribuído para a retomada do setor financeiro carioca, ao atrair investidores e executivos interessados em associar qualidade de vida a protagonismo estratégico.
“Não basta reunir pessoas, é preciso método. Inspirados pelo MIT, criamos um ambiente onde uma conexão pode virar um negócio, um projeto de pesquisa ou uma política pública”, pontua Mendonça.
Inclusão, sustentabilidade e impacto social
A organização reforça que o Energy Summit é certificado como evento Carbono Zero e Resíduo Zero, com todas as emissões de gases compensadas voluntariamente e logística de resíduos em parceria com cooperativas.
“Neutralizamos todas as emissões de carbono e resíduos do evento. Sustentabilidade aqui não é só discurso, é prática”, garante Hudson Mendonça.
Programas sociais e educacionais também são parte da estrutura: estudantes da rede pública, empreendedores de comunidades e jovens talentos recebem ingressos e mentoria para participar do evento.
Experiências como o Favela Inova, com formação e premiação de negócios sociais em energia, e o Women in Energy, que promove a inclusão feminina no setor, integram a programação desde antes da abertura oficial. Em 2024, o evento registrou 43% de participação feminina, frente a uma média nacional de 20% no setor de energia.
Legado e visão de longo prazo
Após o encerramento, o Energy Summit lança dois relatórios: um com as dez megatendências identificadas no evento, em parceria com o MIT, e outro com recomendações estratégicas da Deloitte para formuladores de políticas, empresas e universidades.
O Energy Summit é uma plataforma para gerar impacto e moldar o futuro. “Nossa missão é transformar o Brasil em protagonista da nova economia energética e fazer do Rio um centro global de inovação”, conclui Mendonça.
Participe da construção do futuro energético
Ao reunir ciência, inovação, política, impacto social e negócios sob o mesmo teto, o Energy Summit 2025 propõe não apenas refletir sobre os caminhos da transição energética, mas agir para acelerá-la.
O evento é voltado a profissionais do setor energético, formuladores de políticas públicas, pesquisadores, empreendedores, investidores e estudantes interessados no futuro da energia e da sustentabilidade.
Haverá credenciais com valores especiais para startups, universidades e estudantes da rede pública.
Serviço
Energy Summit 2025
Data: 24 a 26 de junho
Local: Cidade das Artes – Av. das Américas, 5300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ)
Ingressos: disponíveis aqui