Procurado pela Interpol diz não saber que está na difusão vermelha
À coluna, a defesa de James Marciel declarou que o homem desconhecia a existência do alerta em seu nome
atualizado
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Após a coluna revelar em primeira mão que o brasileiro James Marciel de Sousa Oliveira (foto em destaque), procurado pela Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol), atuava como comissionado na istração regional do Plano Piloto, a defesa do homem declarou que ele desconhecia a existência do alerta.
Em nota enviada á coluna, os advogados do homem escreveram que James nunca foi formalmente comunicado, citado ou teve ciência de qualquer acusação criminal na Argentina.
Além disso, os advogados declararam que, no Brasil, o homem não responde a qualquer processo criminal.
“Antes de assumir função pública, James apresentou todas as certidões negativas exigidas por lei, comprovando absoluta ausência de antecedentes criminais ou pendências judiciais”, disse.
A defesa alegou que não existe qualquer processo ou homologação de sentença estrangeira contra ele no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A defesa informou que entrará em contato com a Argentina para sanar todas as nulidades e demonstrar a total ausência de responsabilidade de James.
“Também será solicitado à Interpol o cancelamento imediato da notificação, diante das ilegalidades e nulidades constatadas.”
Cargo público
A coluna descobriu que, mesmo procurado internacionalmente, James tem cargo de assessor da Diretoria de Articulação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codes-DF), tendo sido nomeado em outubro de 2024, no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF).
A reportagem esteve no órgão, na manhã desta quarta-feira (11/6), e constatou que o homem trabalha no local. Por volta das 16h, a istração oficializou a exoneração por meio de uma publicação em edição extra do Diário Oficial do DF.
Segundo o portal da transparência, no mês de abril, o homem recebeu salário bruto de R$ 4 mil pelo cargo de assessor na istração regional do Plano Piloto.
Fraudes
O nome de James aparecia na difusão vermelha da Interpol pelos crimes de associação ilegal e fraude especial para uso de dados de cartões de débito e/ou crédito de terceiros a pedido da Argentina.
A coluna apurou, ainda, que James Marciel de Sousa Oliveira está na mira da Justiça há, pelo menos, duas décadas. Em 2006, ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) por integrar uma quadrilha que aplicava fraudes por meio de clonagem de cartão de crédito.