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O japonês, por exemplo, tem uma estrutura silábica extremamente simples, geralmente uma consoante seguida de uma vogal, sendo cinco as vogais à disposição. Por outro lado, o inglês, embora tenha cinco letras para representar vogais, conta com aproximadamente 20 sons vocálicos diferentes, de acordo com o Atlas Obscura. E uma única sílaba em inglês pode ser extremamente complexa: por exemplo, a palavra “strength” (força) tem um bloco com várias consoantes agrupadas. Um limite universal do cérebro humano? O mais fascinante de tudo isso é que, de acordo com a pesquisa, quando se leva em consideração tanto a velocidade quanto a densidade da informação, todas as línguas estudadas transmitem informação aproximadamente à mesma velocidade: cerca de 39 bits por segundo. “É como as asas dos pássaros”, explicou Christophe Coupé, um dos autores do estudo, à revista The Economist, em 2019. “Você pode ter asas grandes que precisam de poucos batimentos por segundo ou ter que bater muito as asas pequenas que você tem, mas o resultado é praticamente o mesmo em termos de voo”. Essa compensação entre velocidade e densidade parece indicar que existe uma faixa ideal de velocidades dentro da qual o cérebro humano pode processar informações de maneira eficiente, independentemente do idioma falado. O que a velocidade realmente mede? Vale esclarecer que há muitas variantes em jogo. 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Qual é o idioma mais rápido do planeta, segundo estudos

Questão fascina linguistas e curiosos há décadas. Além da rapidez, eficiência na transmissão de informações conta

atualizado

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Pesquisadores reuniram pessoas em vários lugares do mundo para ler textos em suas línguas nativas com o intuito de desvendar uma suspeita que os rondava há décadas – há idiomas mais rápidos que outros?

Considerando apenas a velocidade bruta – ou seja, o número de sílabas pronunciadas por segundo –, foi possível concluir que sim, e quem leva a medalha de outro nesse quesito é o japonês.

De acordo com um estudo realizado em 2011 por pesquisadores da Universidade de Lyon, na França, o idioma atinge um ritmo impressionante de 7,84 sílabas por segundo.

Em segundo lugar, praticamente empatado, está o espanhol, com 7,82 sílabas por segundo. Em seguida, vêm o francês (7,18), o italiano (6,99), o inglês (6,19), o alemão (5,97) e o mandarim (5,18).

Esses resultados foram corroborados pelos mesmos pesquisadores em uma investigação mais ampla publicada em 2019, na qual o linguista François Pellegrino e sua equipe confirmaram que, das 17 línguas estudadas, as mais rápidas em termos de sílabas por segundo eram o japonês e o espanhol, embora com ligeiras variações.

O estudo colocou o basco em terceiro lugar, o finlandês em quarto e o italiano em quinto. No outro extremo da escala estavam o cantonês, o vietnamita e o tailandês. O português não aparece na sondagem.

Tudo parece indicar que há um vencedor claro. Mas surge a pergunta: uma língua é realmente “mais rápida” simplesmente porque transmite mais sílabas por segundo?

Densidade de informação

O que Pellegrino e seus colegas descobriram foi algo surpreendente: existe uma correlação inversa entre a velocidade de pronúncia e a densidade de informação. Em outras palavras, as línguas faladas mais rapidamente tendem a conter menos informação por sílaba.

O japonês, por exemplo, tem uma estrutura silábica extremamente simples, geralmente uma consoante seguida de uma vogal, sendo cinco as vogais à disposição. Por outro lado, o inglês, embora tenha cinco letras para representar vogais, conta com aproximadamente 20 sons vocálicos diferentes, de acordo com o Atlas Obscura. E uma única sílaba em inglês pode ser extremamente complexa: por exemplo, a palavra “strength” (força) tem um bloco com várias consoantes agrupadas.

Um limite universal do cérebro humano?

O mais fascinante de tudo isso é que, de acordo com a pesquisa, quando se leva em consideração tanto a velocidade quanto a densidade da informação, todas as línguas estudadas transmitem informação aproximadamente à mesma velocidade: cerca de 39 bits por segundo.

“É como as asas dos pássaros”, explicou Christophe Coupé, um dos autores do estudo, à revista The Economist, em 2019. “Você pode ter asas grandes que precisam de poucos batimentos por segundo ou ter que bater muito as asas pequenas que você tem, mas o resultado é praticamente o mesmo em termos de voo”.

Essa compensação entre velocidade e densidade parece indicar que existe uma faixa ideal de velocidades dentro da qual o cérebro humano pode processar informações de maneira eficiente, independentemente do idioma falado.

O que a velocidade realmente mede?

Vale esclarecer que há muitas variantes em jogo. Por exemplo, mesmo dentro da mesma língua, os falantes nem sempre têm o mesmo ritmo de fala: o contexto, o estado de espírito e o ambiente influenciam muito.

Portanto, em última análise, tudo depende também de como definimos “velocidade”. Estamos falando de sílabas por segundo? De palavras? Da quantidade de informação transmitida? Do esforço cognitivo necessário para processar a mensagem?

Os linguistas podem medir a velocidade com base no ritmo articulatório, na percepção subjetiva ou mesmo no grau de incerteza que é resolvido com cada sílaba, usando a teoria da informação de Claude Shannon, matemático e engenheiro americano que quantificou a informação na década de 1940.

Nesse sentido, a questão se complica ainda mais quando consideramos esses outros aspectos da linguagem. Por exemplo, algumas línguas são mais eficientes na forma como codificam as informações. Em português, podemos omitir o pronome pessoal (“eu sou” por “sou”), enquanto em hebraico, nem mesmo existe o verbo “ser”, com o pronome sendo usado em seu lugar (“eu” a o sentido de “eu sou”, por exemplo).

Ainda mais surpreendente é o caso do paamês, língua falada numa ilha de Vanuatu, onde os possessivos incluem informações sobre a relação entre o falante e o objeto. “Meu coco” não é simplesmente isso, mas pode significar “meu coco, que pretendo comer” ou “meu coco, que cultivei” ou “meu coco, que usarei em minha casa de alguma forma diferente de comer ou beber”.

Então, qual é a mais rápida?

A resposta, como costuma acontecer na ciência, é “depende”. Ignorando muitas complexidades e focando apenas nas sílabas por segundo, o japonês ganha. Mas se considerarmos a eficiência na transmissão de informações, todas as línguas parecem ter evoluído para um ponto ótimo semelhante.

É importante ressaltar que a maioria desses estudos se concentrou em línguas europeias e do leste asiático, deixando de lado milhares de idiomas fascinantes que existem no mundo e que poderiam desafiar todas as nossas suposições atuais.

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