Bolsonaro quer apresentar vídeos e “falar por horas” em interrogatório
O ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que quer apresentar ao menos 12 vídeos durante o interrogatório ao STF
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou a jornalistas que deseja apresentar pelo menos 12 vídeos durante o interrogatório dele ao Supremo Tribunal Federal (STF) e que, se deixarem, “falará por horas”. Bolsonaro é réu na ação penal que investiga suposta trama golpista para reverter o resultado das eleições presidenciais de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Bolsonaro, inclusive, foi até a equipe de som para saber da viabilidade de usar os áudios. O Metrópoles apurou que o conteúdo dos áudios diz respeito a supostas inconsistências nas urnas.
Nessa segunda-feira (9/6), a Primeira Turma do STF ouviu o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem – atualmente deputado federal.
A sessão desta terça-feira (10/6) começou às 9h. Os trabalhos foram retomados com o depoimento do ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier Santos, que negou ter visto minuto de golpe de Estado.
Interrogatório no STF
- Os interrogatórios começaram na segunda (9/6) e vão até sexta-feira (13/6).
- Todos os réus precisam estar presentes na Primeira Turma do STF para responderem às perguntas da Procuradoria-Geral da República (PGR) e dos ministros da turma. Mesmo os que já prestaram esclarecimentos, como Mauro Cid e Alexandre Ramagem, devem estar presentes durante o restante das audiências.
- Único que não participará presencialmente é o general Walter Souza Braga Netto, que segue preso no Rio de Janeiro e, por isso, prestará depoimento por videoconferência.
- Tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid foi o primeiro a ser interrogado, por ser o delator do caso.
O interrogatório de Garnier teve início com os questionamentos do relator do caso, ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, serão ouvidas as considerações dos demais ministros da Primeira Turma presentes e do procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Posteriormente, será concedida a palavra às defesas dos outros sete réus, que poderão dirigir perguntas a Garnier, caso assim desejem.
Após o depoimento de Garnier, serão ouvidos, na seguinte ordem pelo critério alfabético:
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal; –
- Augusto Heleno, general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
- e Walter Souza Braga Netto, general e ex-ministro da Casa Civil (de forma remota).